Sempre imperfeitamente melhor...Confissões de uma mulher nos trintas...
Não é que eu faça anos agora mas amei esta frase.
Fui infeliz na adolescência.
Rebelei-me e reconheci as imensas possibilidades da minha vida futura nos vintes, com todas as incertezas e indefinições subjacentes. Podia ainda ser tantas mulheres...
Soube quem realmente era como pessoa e mulher já com um pezinho nos trinta. Coincidiu com a união com o homem da minha vida, com a descoberta da maternidade e o consequente redimensionamento da vida e das prioridades. Também com a descoberta da profissão certa e da estabilidade profissional.
Não tenho a nostalgia do passado, da liberdade egocêntrica sem responsabilidades nem da beleza da juventude que ainda gosto de acreditar que persiste . Gosto de mim agora. As marcas deixadas pelas leis do tempo, da gravidade e da gravidez (2 gravidezes, 3 bébés) são signos que deixam ler a história da minha vida e das minhas conquistas (algumas bem difíceis) no meu próprio corpo.
Já não sou um livro em branco, vazio, pelo qual a vida não passou.
Cresci. Gosto de pensar que melhorei como ser humano mas também noto que há defeitos que se acentuam... aceito ligeiramente melhor as minhas fraquezas (ainda me impaciento e zango comigo mesma) e reconheço com maior descontracção as minhas imperfeições. Aprendi a rir-me de mim e a não ter tanto medo de me expor.
Continuo e continuarei imperfeita mas a idade brinda-me com a auto-confiança para lidar bem com isso...porque agora eu sou mais eu.
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