Olivia, a porquinha de Ian Falconer



Olivia is a bossy, headstrong yet charming pig with a passion for fashion, ballet and opera. She was created in 1997 as a Christmas gift for the real-life Olivia by her uncle, the writer and illustrator Ian Falconer, who says his niece is just as bossy, headstrong and charming.

One is struck almost immediately by the book's minimalist aesthetic – the only colors are red, grey, black and white (he draws with charcoal and gouache) – that is employed throughout the entire books – something rather rare in children's books.














“I've always felt that children's books are for the most part condescending toward children and miss how smart children are. Their little hands and mouths may not be able to articulate what is going on in their sharp little brains. Writing children's books is an opportunity to express this, and it seems to be appreciated by both children and adults.”



É assim que Ian Falconer, autor e ilustrador de Olívia, , um livro infantil extremamente inteligente e com alguma sofisticação plástica, explica a sua motivação para criar livros infantis, depois de já ter sido reconhecido pelo seu trabalho de design de cenários e figurinos para o New York City Ballet, San Francisco Opera, e a Royal Opera House, entre outros. Destacou-se igualmente como ilustrador da revista The New Yorker.











Inspirando-se na família da sua irmã, e particularmente na sua sobrinha, Ian cria Olívia, uma porquinha verdadeiramente hiperbólica. Porquê uma porca? Resposta de Ian: “Pigs are very intelligent creatures. They seem to have a more human quality tan, say, chickens – like dogs.”

E porquê “hiperbólica”? Porque Olivia é uma porquinha muito intensa e com uma energia (quase) inesgotável. Só mesmo lendo as histórias da porquinha mais atraente da História desde a saudosa (e fogosa!) Miss Piggy! (Já agora, quem não se lembra dos Marretas?)





Não direi “hiperactiva” porque este é um termo muito na moda, associado a distúrbios de atenção e problemas de adaptação escolar... direi antes que tem uma capacidade de acção amplificada. Olívia entrega-se com alegria, entusiasmo e um empenho infindável a tudo o que a vida lhe oferece: quer esteja a cantar “canções para cantar alto”, a construir arranha-céus na areia da praia, a experimentar a roupa toda que tem no armário, a seleccionar “criteriosamente” os seus acessórios de moda preferidos para alegrar o seu uniforme escolar cinzentão, a pôr a cozinha num verdadeiro caos, a tentar descartar-se do irmão mais novo, a recriar um famoso quadro de arte moderna, de Jackson Pollock, na parede da sala (achou que conseguia fazer um igual em cerca de cinco minutos), ou a negociar com a mãe o número de livros a ler ao deitar, ela nunca se cansa. E mais incansável ainda é a sua imaginação. Olívia é “a criança”.














Tem tanta paixão por Maria Callas como pelas bailarinas dos quadros de Degas como pelo Circo. Olívia é apaixonada pelas infindáveis possibilidades da vida, em que o limites estão para além da imaginação e do sonho, esquecidos.

Claro que põe à prova a hérculea paciência da mãe, mas nunca o seu amor e protecção, jamais postos em causa.






De um modo extremamente divertido e encantador, Ian Falconer ilustra a carvão, em tons de preto e cinza a sua pequena heroína nas mais diversas situações e actividades, acentuando com guache vermelho-vivo as suas roupas, o seu baton, as fitas do cabelo, os sapatos de salto alto, a mochila, a escova de dentes... A ilustração é ao mesmo tempo sóbria e extremamente rica pelo jogo da cor e de alguns pormenores. O texto é sucinto, simples, não deixando lugar para o supérfluo. O seu maior encanto é a forma como é tantas vezes irónico em relação às ilustrações, criando um diálogo de um humor ligeiramente caústico e muito inteligente. Juntos, na sua interacção, texto e ilustrações despertam sorrisos e risos, quer nas crianças quer nos adultos. Eu falo por mim...as histórias desta porquinha estão recomendadas para crianças entre os 3 e os 7 ... eu já passei um bocadinho, (um bocadinho só!) desta faixa etária mas simplesmente ADORO!


Tenho conhecimento de cinco títulos de Olívia em língua inglesa. Traduzidos em português, e editados pela Editorial Notícias, existem apenas dois: Olívia e Olívia salva o circo. Penso que o primeiro título, já na 2ª edição, está de momento esgotado. Mas não desistam, procurem a porquinha porque as suas histórias são mesmo deliciosas! Até para adultos e vegetarianos!

Comentários

[A] disse…
ADORO-A!
também tenho...
Ana disse…
É a porquinha mais adorável depois da Miss Piggy, não é? Sem Sapo Cocas mas com muita piada!
Milene disse…
amamos a olivia eu e minha filha. além de ser divertida passa valores familiares, de socialização e a arte de imaginar e bricar tudo que uma criança precisa e merece saber